O capítulo 6 do Livro do Apocalipse é um dos trechos mais significativos e intensos da Bíblia, pois descreve a abertura dos primeiros seis selos que selam o destino do mundo durante os tempos do fim. O primeiro selo é um cavalo branco, simbolizando a conquista e a vitória. O segundo é um cavalo vermelho, simbolizando a guerra e o derramamento de sangue. O terceiro é um cavalo preto, representando a escassez e a fome. O quarto é um cavalo amarelo ou verde, indicando a morte e a pestilência. O quinto selo revela as almas dos mártires clamando por justiça. O sexto selo traz terremotos e catástrofes naturais de magnitude global.
Essas imagens apocalípticas têm sido interpretadas de várias maneiras ao longo dos séculos, com diferentes correntes religiosas e culturais encontrando nelas significados diversos. Alguns acreditam que o Apocalipse descreve eventos literais que ainda estão por vir, enquanto outros o veem como uma alegoria das lutas espirituais da humanidade.
Independentemente da interpretação, o Apocalipse 6 lembra a fragilidade da vida humana e a inevitabilidade da morte. Também destaca a importância da justiça e da perseverança diante das adversidades. É um capítulo que instiga reflexão e busca por significados profundos, fazendo com que as pessoas se questionem sobre o destino da humanidade e seu próprio papel na história da fé e do mundo.
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Apocalipse 6
O Cordeiro abre os selos. O primeiro selo
1 Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem!
2 Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.
3 Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem!
4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada.
5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
7 Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem!
8 E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.
9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
10 Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
11 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.
12 Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue,
13 as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes,
14 e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar.
15 Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes
16 e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro,
17 porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?