Provérbios 28 é um capítulo da Bíblia que traz uma série de ensinamentos e conselhos sobre a sabedoria, a justiça e as consequências das ações humanas. A primeira parte do capítulo aborda a natureza dos ímpios e suas práticas pecaminosas, destacando que, apesar de sua aparência triunfante temporária, enfrentarão a ruína e o fracasso em suas empreitadas. Em contrapartida, aqueles que seguem a retidão e a integridade serão abençoados e prosperarão.
O capítulo também enfatiza a importância de reconhecer os erros e buscar o arrependimento, pois quem esconde suas transgressões nunca encontrará a verdadeira felicidade. A honestidade e a sinceridade são virtudes prezadas, pois a confiança é fundamental nas relações humanas.
Outro tema recorrente em Provérbios 28 é a administração adequada dos recursos financeiros. Aqueles que são diligentes em suas finanças e evitam ganhos injustos serão abençoados, enquanto a avareza e a injustiça levarão à pobreza.
No entanto, o capítulo também adverte sobre a necessidade de humildade, pois a arrogância e a soberba trazem consigo a queda. Ao contrário, aqueles que são humildes de espírito serão exaltados.
Em síntese, Provérbios 28 apresenta uma profunda sabedoria atemporal, mostrando que as escolhas e atitudes humanas têm consequências e que o caminho da justiça e da retidão é o mais sábio a seguir.
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Provérbios 28
1 Fogem os perversos, sem que ninguém os persiga;
mas o justo é intrépido como o leão.
2 Por causa da transgressão da terra,
mudam-se frequentemente os príncipes,
mas por um, sábio e prudente, se faz estável a sua ordem.
3 O homem pobre que oprime os pobres é como chuva
que a tudo arrasta e não deixa trigo.
4 Os que desamparam a lei louvam o perverso,
mas os que guardam a lei se indignam contra ele.
5 Os homens maus não entendem o que é justo,
mas os que buscam o Senhor entendem tudo.
6 Melhor é o pobre que anda na sua integridade
do que o perverso, nos seus caminhos, ainda que seja rico.
7 O que guarda a lei é filho prudente,
mas o companheiro de libertinos envergonha a seu pai.
8 O que aumenta os seus bens com juros e ganância
ajunta-os para o que se compadece do pobre.
9 O que desvia os ouvidos de ouvir a lei,
até a sua oração será abominável.
10 O que desvia os retos para o mau caminho,
ele mesmo cairá na cova que fez,
mas os íntegros herdarão o bem.
11 O homem rico é sábio aos seus próprios olhos;
mas o pobre que é sábio sabe sondá-lo.
12 Quando triunfam os justos, há grande festividade;
quando, porém, sobem os perversos, os homens se escondem.
13 O que encobre as suas transgressões jamais prosperará;
mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.
14 Feliz o homem constante no temor de Deus;
mas o que endurece o coração cairá no mal.
15 Como leão que ruge e urso que ataca,
assim é o perverso que domina sobre um povo pobre.
16 O príncipe falto de inteligência multiplica as opressões,
mas o que aborrece a avareza viverá muitos anos.
17 O homem carregado do sangue de outrem
fugirá até à cova;
ninguém o detenha.
18 O que anda em integridade será salvo,
mas o perverso em seus caminhos cairá logo.
19 O que lavra a sua terra virá a fartar-se de pão,
mas o que se ajunta a vadios se fartará de pobreza.
20 O homem fiel será cumulado de bênçãos,
mas o que se apressa a enriquecer não passará sem castigo.
21 Parcialidade não é bom,
porque até por um bocado de pão o homem prevaricará.
22 Aquele que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas,
mas não sabe que há de vir sobre ele a penúria.
23 O que repreende ao homem achará, depois, mais favor
do que aquele que lisonjeia com a língua.
24 O que rouba a seu pai ou a sua mãe e diz: Não é pecado,
companheiro é do destruidor.
25 O cobiçoso levanta contendas,
mas o que confia no Senhor prosperará.
26 O que confia no seu próprio coração é insensato,
mas o que anda em sabedoria será salvo.
27 O que dá ao pobre não terá falta,
mas o que dele esconde os olhos será cumulado de maldições.
28 Quando sobem os perversos, os homens se escondem,
mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam.