Provérbios 7 é um capítulo do livro bíblico de Provérbios que contém valiosos ensinamentos sobre a sabedoria e o cuidado que devemos ter em relação à tentação e à imoralidade sexual. O capítulo apresenta uma narrativa envolvente, retratando um jovem ingênuo e inexperiente que é seduzido por uma mulher adúltera.
Através dessa história, somos alertados sobre os perigos de ceder às tentações e da importância de se manter fiel aos princípios e valores morais. O texto descreve detalhadamente as artimanhas e o poder de persuasão dessa mulher, que procura o jovem na rua, adornada e sedutora.
O capítulo nos adverte para a necessidade de discernimento e de reconhecermos as armadilhas que podem nos levar ao pecado e à destruição. É enfatizada a importância de manter-se vigilante e afastar-se das más companhias, evitando qualquer situação que possa comprometer nossa integridade moral.
A mensagem central de Provérbios 7 é a de que a sabedoria é fundamental para resistir às tentações e preservar a pureza. O jovem é incentivado a ouvir e a seguir os conselhos de seu pai, a se afastar do caminho da mulher sedutora e a buscar a sabedoria divina como proteção contra o mal.
Esse capítulo nos convida a refletir sobre a importância de cultivar valores éticos, sermos fiéis aos nossos compromissos e nos afastarmos de influências negativas. Nos ensina a valorizar a sabedoria e a discernir entre o que é correto e o que é enganoso, a fim de evitar consequências dolorosas em nossas vidas.
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Provérbios 7
1 Filho meu, guarda as minhas palavras e conserva dentro de ti os meus mandamentos.
2 Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos.
3 Ata-os aos dedos, escreve-os na tábua do teu coração.
4 Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e ao Entendimento chama teu parente;
5 para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com palavras.
6 Porque da janela da minha casa, por minhas grades, olhando eu,
7 vi entre os simples, descobri entre os jovens um que era carecente de juízo,
8 que ia e vinha pela rua junto à esquina da mulher estranha e seguia o caminho da sua casa,
9 à tarde do dia, no crepúsculo, na escuridão da noite, nas trevas.
10 Eis que a mulher lhe sai ao encontro, com vestes de prostituta e astuta de coração.
11 É apaixonada e inquieta, cujos pés não param em casa;
12 ora está nas ruas, ora, nas praças, espreitando por todos os cantos.
13 Aproximou-se dele, e o beijou, e de cara impudente lhe diz:
14 Sacrifícios pacíficos tinha eu de oferecer; paguei hoje os meus votos.
15 Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei.
16 Já cobri de colchas a minha cama, de linho fino do Egito, de várias cores;
17 já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo.
18 Vem, embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã; gozemos amores.
19 Porque o meu marido não está em casa, saiu de viagem para longe.
20 Levou consigo um saquitel de dinheiro; só por volta da lua cheia ele tornará para casa.
21 Seduziu-o com as suas muitas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o arrastou.
22 E ele num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro; como o cervo que corre para a rede,
23 até que a flecha lhe atravesse o coração; como a ave que se apressa para o laço, sem saber que isto lhe custará a vida.
24 Agora, pois, filho, dá-me ouvidos e sê atento às palavras da minha boca;
25 não se desvie o teu coração para os caminhos dela, e não andes perdido nas suas veredas;
26 porque a muitos feriu e derribou; e são muitos os que por ela foram mortos.
27 A sua casa é caminho para a sepultura e desce para as câmaras da morte.