O Salmo 139 é um salmo profundamente pessoal que reflete sobre a onisciência e onipresença de Deus.
O salmo começa com o salmista reconhecendo que Deus conhece todas as coisas a seu respeito. Ele afirma que Deus conhece seus pensamentos, suas palavras e seus caminhos. O salmista expressa admiração diante do conhecimento detalhado e íntimo que Deus tem de sua vida.
Em seguida, o salmo destaca a presença constante de Deus na vida do salmista. O salmista reconhece que não há lugar onde possa fugir da presença de Deus. Ele afirma que, não importa para onde vá, Deus está lá. O salmista se maravilha com a extensão da presença divina, percebendo que mesmo nas profundezas mais escuras ou nos lugares mais distantes, Deus está presente.
O salmo também aborda a formação do salmista no ventre materno. O salmista reconhece que Deus o formou com cuidado e precisão. Ele expressa gratidão pelo fato de que o seu ser foi maravilhosamente tecido por Deus, e louva a Sua obra extraordinária.
Além disso, o salmo destaca a sabedoria e os pensamentos de Deus em relação ao salmista. O salmista reflete sobre como são insondáveis os pensamentos de Deus e como Sua sabedoria é inescrutável. Ele reconhece que Deus conhece o seu coração e os seus anseios mais profundos.
No final, o Salmo 139 transmite uma mensagem de admiração e reverência diante do conhecimento e da presença de Deus. Ele nos lembra de que Deus nos conhece intimamente, que Sua presença está sempre conosco e que Sua sabedoria é insondável. É um convite para reconhecermos a grandiosidade de Deus e nos rendermos à Sua soberania em nossas vidas.
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Salmos 139
1 Senhor, tu me sondas e me conheces.
2 Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.
3 Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.
4 Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor , já a conheces toda.
5 Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão.
6 Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.
7 Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?
8 Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;
9 se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares,
10 ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.
11 Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite,
12 até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa.
13 Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe.
14 Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem;
15 os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
16 Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.
17 Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles!
18 Se os contasse, excedem os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim.
19 Tomara, ó Deus, desses cabo do perverso; apartai-vos, pois, de mim, homens de sangue.
20 Eles se rebelam insidiosamente contra ti e como teus inimigos falam malícia.
21 Não aborreço eu, Senhor , os que te aborrecem? E não abomino os que contra ti se levantam?
22 Aborreço-os com ódio consumado; para mim são inimigos de fato.
23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos;
24 vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.