O Salmo 141 é um hino de oração atribuído a Davi, no qual ele clama a Deus em busca de proteção, sabedoria e orientação. O salmista reconhece a necessidade de manter a guarda sobre sua boca, pedindo que suas palavras sejam consideradas como incenso diante de Deus. Ele implora para que Deus não permita que seu coração se desvie para o mal, mas que seja guiado pela retidão.
Davi expressa sua dependência de Deus ao pedir que Ele coloque um vigia em sua boca e guarde a porta de seus lábios. Ele reconhece a fragilidade humana e a propensão ao pecado, buscando a ajuda divina para resistir às tentações e evitar a fala de palavras destrutivas. O salmista entende que a língua tem o poder de causar danos e trazer consequências negativas, e ele deseja ser preservado de cair nesse erro.
Além disso, o salmista busca a orientação divina para não se envolver em más ações, nem acompanhar aqueles que praticam a iniquidade. Ele mostra seu desejo de se associar aos justos e receber sua repreensão como um bálsamo. Davi reconhece que a correção dos justos é valiosa e, em vez de resistir a ela, ele a vê como um presente precioso que pode conduzi-lo ao caminho da retidão.
No final do Salmo 141, Davi expressa sua confiança em Deus e sua esperança de que Ele responderá às suas orações. Ele se entrega nas mãos de Deus, reconhecendo que somente Ele pode protegê-lo e guiá-lo. O salmista reconhece a necessidade de estar atento e vigilante em sua vida espiritual, buscando constantemente a orientação divina e colocando sua confiança em Deus.
Em suma, o Salmo 141 é um apelo sincero a Deus para proteção, sabedoria e orientação. O salmista reconhece sua fragilidade e dependência de Deus, buscando preservar sua boca de palavras destrutivas e seu coração do mal. Ele valoriza a correção dos justos e confia que Deus responderá às suas orações, colocando sua vida nas mãos do Altíssimo.
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Salmos 141
1 Senhor, a ti clamo, dá-te pressa em me acudir; inclina os ouvidos à minha voz, quando te invoco.
2 Suba à tua presença a minha oração, como incenso, e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina.
3 Põe guarda, Senhor , à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.
4 Não permitas que meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias.
5 Fira-me o justo, será isso mercê; repreenda-me, será como óleo sobre a minha cabeça, a qual não há de rejeitá-lo. Continuarei a orar enquanto os perversos praticam maldade.
6 Os seus juízes serão precipitados penha abaixo, mas ouvirão as minhas palavras, que são agradáveis,
7 ainda que sejam espalhados os meus ossos à boca da sepultura, quando se lavra e sulca a terra.
8 Pois em ti, Senhor Deus, estão fitos os meus olhos: em ti confio; não desampares a minha alma.
9 Guarda-me dos laços que me armaram e das armadilhas dos que praticam iniquidade.
10 Caiam os ímpios nas suas próprias redes, enquanto eu, nesse meio tempo, me salvo incólume.