Estudo Salmos 44 – Confiança em Deus, apesar das dificuldades

Salmos 44.22

O Salmo 44 é uma oração que expressa a fé em Deus, mas também revela a angústia de um povo que se sente abandonado por Ele. Os primeiros versos lembram as grandes realizações de Deus no passado, a forma como Ele expulsou as nações e estabeleceu Israel. O salmista se orgulha de que a vitória não veio pela força das armas, mas pela graça de Deus. Ele pede que Deus intervenha novamente e garanta a vitória sobre os inimigos.

Porém, no restante do salmo, o tom muda. O salmista começa a questionar por que Deus parece ter abandonado o povo, permitindo que sejam derrotados pelos inimigos e expostos à vergonha. Ele lembra que o povo fiel sempre confiou em Deus, mas agora sente-se abandonado e desprezado pelos vizinhos. Ele pede que Deus acorde e venha em socorro do povo, lembrando-o de sua aliança e misericórdia.

O salmo termina com um apelo a Deus para que levante-se e resgate o povo, não por causa de seus próprios méritos, mas por sua bondade. O salmista mostra que a confiança em Deus permanece forte, apesar das dificuldades. A mensagem final é a de que, mesmo em tempos difíceis, é importante lembrar-se de Deus e manter a fé. O Salmo 44 é um lembrete de que a vida de fé nem sempre é fácil, mas é importante confiar em Deus, mesmo em tempos difíceis.

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Salmos 44

1 Ouvimos, ó Deus, com os próprios ouvidos; nossos pais nos têm contado o que outrora fizeste, em seus dias.

2 Como por tuas próprias mãos desapossaste as nações e os estabeleceste; oprimiste os povos e aos pais deste largueza.

3 Pois não foi por sua espada que possuíram a terra, nem foi o seu braço que lhes deu vitória, e sim a tua destra, e o teu braço, e o fulgor do teu rosto, porque te agradaste deles.

4 Tu és o meu rei, ó Deus; ordena a vitória de Jacó.

5 Com o teu auxílio, vencemos os nossos inimigos; em teu nome, calcamos aos pés os que se levantam contra nós.

6 Não confio no meu arco, e não é a minha espada que me salva.

7 Pois tu nos salvaste dos nossos inimigos e cobriste de vergonha os que nos odeiam.

8 Em Deus, nos temos gloriado continuamente e para sempre louvaremos o teu nome.

9 Agora, porém, tu nos lançaste fora, e nos expuseste à vergonha, e já não sais com os nossos exércitos.

10 Tu nos fazes bater em retirada à vista dos nossos inimigos, e os que nos odeiam nos tomam por seu despojo.

11 Entregaste-nos como ovelhas para o corte e nos espalhaste entre as nações.

12 Vendes por um nada o teu povo e nada lucras com o seu preço.

13 Tu nos fazes opróbrio dos nossos vizinhos, escárnio e zombaria aos que nos rodeiam.

14 Pões-nos por ditado entre as nações, alvo de meneios de cabeça entre os povos.

15 A minha ignomínia está sempre diante de mim; cobre-se de vergonha o meu rosto,

16 ante os gritos do que afronta e blasfema, à vista do inimigo e do vingador.

17 Tudo isso nos sobreveio; entretanto, não nos esquecemos de ti, nem fomos infiéis à tua aliança.

18 Não tornou atrás o nosso coração, nem se desviaram os nossos passos dos teus caminhos,

19 para nos esmagares onde vivem os chacais e nos envolveres com as sombras da morte.

20 Se tivéssemos esquecido o nome do nosso Deus ou tivéssemos estendido as mãos a deus estranho,

21 porventura, não o teria atinado Deus, ele, que conhece os segredos dos corações?

22 Mas, por amor de ti, somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro.

23 Desperta! Por que dormes, Senhor? Desperta! Não nos rejeites para sempre!

24 Por que escondes a face e te esqueces da nossa miséria e da nossa opressão?

25 Pois a nossa alma está abatida até ao pó, e o nosso corpo, como que pegado no chão.

26 Levanta-te para socorrer-nos e resgata-nos por amor da tua benignidade.

 

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