O Salmo 55 é um salmo de lamentação, onde o salmista clama a Deus por ajuda em meio à perseguição e traição de seus amigos. Ele começa descrevendo sua angústia e dor, pedindo a Deus que ouça sua oração e o salve de seus inimigos. O salmista expressa sua tristeza e confusão diante da traição de seus amigos, que antes eram como irmãos para ele.
Ele implora a Deus que puna seus inimigos por sua maldade e injustiça, e pede que Deus os faça cair em desgraça. O salmista afirma sua confiança em Deus, sabendo que Ele ouve a oração dos justos e que os protegerá daqueles que buscam prejudicá-los.
O salmista também reconhece a importância da confiança em Deus e pede para que o Senhor o sustente em sua caminhada, guiando-o e protegendo-o. Ele reconhece que Deus é fiel e poderoso para salvar aqueles que confiam nele.
O Salmo 55 é um lembrete para os fiéis de que Deus é nosso refúgio e fortaleza, um ajudador sempre presente em nossas aflições. Embora enfrentemos dificuldades e sofrimentos, podemos confiar em Deus para nos proteger e nos guiar em todos os momentos.
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Salmos 55
1 Dá ouvidos, ó Deus, à minha oração; não te escondas da minha súplica.
2 Atende-me e responde-me; sinto-me perplexo em minha queixa e ando perturbado,
3 por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois sobre mim lançam calamidade e furiosamente me hostilizam.
4 Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me salteiam;
5 temor e tremor me sobrevêm, e o horror se apodera de mim.
6 Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso.
7 Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto.
8 Dar-me-ia pressa em abrigar-me do vendaval e da procela.
9 Destrói, Senhor, e confunde os seus conselhos, porque vejo violência e contenda na cidade.
10 Dia e noite giram nas suas muralhas, e, muros a dentro, campeia a perversidade e a malícia;
11 há destruição no meio dela; das suas praças não se apartam a opressão e o engano.
12 Com efeito, não é inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia;
13 mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo.
14 Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus.
15 A morte os assalte, e vivos desçam à cova! Porque há maldade nas suas moradas e no seu íntimo.
16 Eu, porém, invocarei a Deus, e o Senhor me salvará.
17 À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz.
18 Livra-me a alma, em paz, dos que me perseguem; pois são muitos contra mim.
19 Deus ouvirá e lhes responderá, ele, que preside desde a eternidade, porque não há neles mudança nenhuma, e não temem a Deus.
20 Tal homem estendeu as mãos contra os que tinham paz com ele; corrompeu a sua aliança.
21 A sua boca era mais macia que a manteiga, porém no coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas.
22 Confia os teus cuidados ao Senhor , e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado.
23 Tu, porém, ó Deus, os precipitarás à cova profunda; homens sanguinários e fraudulentos não chegarão à metade dos seus dias; eu, todavia, confiarei em ti.