O Salmo 58 é um poema lírico que aborda a justiça divina e a punição dos ímpios. O salmista começa clamando aos juízes para julgar de maneira justa e punir os ímpios que não têm temor a Deus. Ele descreve a maldade dos ímpios como algo que começa desde o ventre de suas mães e segue ao longo de suas vidas. Eles são descritos como cobras surdas que não ouvem a voz do encantador, ou seja, não se arrependem de seus pecados.
O salmista expressa sua esperança de que Deus derrame sua ira sobre os ímpios, quebrando seus dentes e arrancando suas presas. Ele pede que eles sejam levados como a água que corre rapidamente e se dissipa, sem deixar rastro. Ele também expressa sua confiança na justiça divina, sabendo que Deus julgará com justiça os que merecem.
No final do Salmo, o salmista expressa sua gratidão e louvor a Deus por sua justiça e poder. Ele acredita que a justiça divina é um exemplo para todos os que buscam a Deus e sua salvação. O salmo termina com a confiança do salmista na redenção de Israel, mesmo diante da maldade dos ímpios.
Em resumo, o Salmo 58 é um apelo à justiça divina e a punição dos ímpios, mostrando a confiança do salmista na justiça de Deus. O poema destaca a importância de julgar com justiça e buscar a Deus em todas as coisas, reconhecendo que somente ele pode trazer a salvação e a redenção para seu povo.
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Salmos 58
1 Falais verdadeiramente justiça, ó juízes? Julgais com retidão os filhos dos homens?
2 Longe disso; antes, no íntimo engendrais iniquidades e distribuís na terra a violência de vossas mãos.
3 Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras.
4 Têm peçonha semelhante à peçonha da serpente; são como a víbora surda, que tapa os ouvidos,
5 para não ouvir a voz dos encantadores, do mais fascinante em encantamentos.
6 Ó Deus, quebra-lhes os dentes na boca; arranca, Senhor , os queixais aos leõezinhos.
7 Desapareçam como águas que se escoam; ao dispararem flechas, fiquem elas embotadas.
8 Sejam como a lesma, que passa diluindo-se; como o aborto de mulher, não vejam nunca o sol.
9 Como espinheiros, antes que vossas panelas sintam deles o calor, tanto os verdes como os que estão em brasa serão arrebatados como por um redemoinho.
10 Alegrar-se-á o justo quando vir a vingança; banhará os pés no sangue do ímpio.
11 Então, se dirá: Na verdade, há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito, que julga na terra.