Estudo Salmos 73 – Reflexões sobre a prosperidade dos ímpios

Salmos 73.28

O Salmo 73 é um dos salmos mais conhecidos e amados da Bíblia. Ele começa com uma declaração de fé: “Certamente Deus é bom para Israel, para os puros de coração”. No entanto, o salmista logo admite que sua fé foi abalada ao ver a prosperidade dos ímpios. Ele se pergunta por que os ímpios parecem ter uma vida tão fácil e próspera, enquanto os justos sofrem.

O salmista descreve como ele quase perdeu sua fé ao ver a prosperidade dos ímpios. Ele se sentiu invejoso e amargurado, e questionou se vale a pena seguir a Deus. No entanto, ele finalmente percebeu que sua perspectiva estava errada. Ele se lembrou de que a prosperidade dos ímpios é apenas temporária, e que eles serão julgados por Deus no final.

O salmista também percebeu que sua própria vida não era tão ruim quanto ele pensava. Ele se lembrou de todas as bênçãos que Deus lhe havia dado, e de como Deus o havia guiado e protegido ao longo dos anos. Ele percebeu que a verdadeira felicidade não vem da riqueza ou da prosperidade, mas da presença de Deus em sua vida.

O Salmo 73 é um lembrete poderoso de que a vida nem sempre é justa, e que às vezes é difícil manter a fé em meio às dificuldades. No entanto, também é um lembrete de que Deus é bom e fiel, e que Ele está sempre conosco, mesmo quando não podemos vê-lo. O salmista nos encoraja a confiar em Deus e a lembrar que Ele é a nossa verdadeira fonte de felicidade e paz.

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Salmos 73

1 Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo.

2 Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos.

3 Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.

4 Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio.

5 Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens.

6 Daí, a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto.

7 Os olhos saltam-lhes da gordura; do coração brotam-lhes fantasias.

8 Motejam e falam maliciosamente; da opressão falam com altivez.

9 Contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra.

10 Por isso, o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos.

11 E diz: Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo?

12 Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranquilos, aumentam suas riquezas.

13 Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência.

14 Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado.

15 Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos.

16 Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim;

17 até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles.

18 Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição.

19 Como ficam de súbito assolados, totalmente aniquilados de terror!

20 Como ao sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles.

21 Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram,

22 eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença.

23 Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita.

24 Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.

25 Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.

26 Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.

27 Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo.

28 Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos.

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