No capítulo 10 do livro de Eclesiastes, o autor discute a importância da sabedoria e a tolice da estultícia. Ele compara a estultícia à mosca morta que estraga o perfume do perfumador, enfatizando como um pouco de estupidez pode comprometer a sabedoria e a honra de alguém. O autor também destaca a diferença entre o coração do sábio, que se inclina para a sabedoria, e o coração do estulto, que se inclina para a tolice.
Ao longo do capítulo, o autor fornece uma série de observações e conselhos práticos. Ele fala sobre a importância de manter a calma diante da ira do governador e como a sabedoria pode resolver problemas de maneira eficaz. O autor também aponta situações em que os tolos são colocados em posições de autoridade, enquanto os ricos estão em posição de humildade, destacando a ironia da vida.
Além disso, o autor oferece algumas metáforas, como a necessidade de afiar uma lâmina de ferro para torná-la eficaz e a futilidade de encantar uma cobra depois que ela já mordeu. Ele observa como as palavras do sábio são valorizadas, enquanto as palavras do tolo são vazias e sem sentido.
O autor também fala sobre o trabalho árduo e a preguiça, a importância de ter líderes sábios em vez de líderes inaptos e como a falta de diligência pode levar à decadência de uma casa. Ele aborda o tema do festim e do vinho, ressaltando que o dinheiro pode resolver muitos problemas.
Por fim, o autor aconselha contra o uso de palavras maldosas contra o rei ou o rico, pois tais palavras podem chegar aos ouvidos certos e causar problemas. Em resumo, o capítulo 10 de Eclesiastes aborda uma variedade de temas relacionados à sabedoria, ao comportamento humano e à importância de escolher palavras e ações com sabedoria.
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Eclesiastes 10
A excelência da sabedoria
1 Qual a mosca morta faz o unguento do perfumador exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a honra um pouco de estultícia.
2 O coração do sábio se inclina para o lado direito, mas o do estulto, para o da esquerda.
3 Quando o tolo vai pelo caminho, falta-lhe o entendimento; e, assim, a todos mostra que é estulto.
4 Levantando-se contra ti a indignação do governador, não deixes o teu lugar, porque o ânimo sereno acalma grandes ofensores.
5 Ainda há um mal que vi debaixo do sol, erro que procede do governador:
6 o tolo posto em grandes alturas, mas os ricos assentados em lugar baixo.
7 Vi servos a cavalo e príncipes andando a pé como servos sobre a terra.
8 Quem abre uma cova nela cairá, e quem rompe um muro, mordê-lo-á uma cobra.
9 Quem arranca pedras será maltratado por elas, e o que racha lenha expõe-se ao perigo.
10 Se o ferro está embotado, e não se lhe afia o corte, é preciso redobrar a força; mas a sabedoria resolve com bom êxito.
11 Se a cobra morder antes de estar encantada, não há vantagem no encantador.
12 Nas palavras do sábio há favor, mas ao tolo os seus lábios devoram.
13 As primeiras palavras da boca do tolo são estultícia, e as últimas, loucura perversa.
14 O estulto multiplica as palavras, ainda que o homem não sabe o que sucederá; e quem lhe manifestará o que será depois dele?
15 O trabalho do tolo o fatiga, pois nem sabe ir à cidade.
16 Ai de ti, ó terra cujo rei é criança e cujos príncipes se banqueteiam já de manhã.
17 Ditosa, tu, ó terra cujo rei é filho de nobres e cujos príncipes se sentam à mesa a seu tempo para refazerem as forças e não para bebedice.
18 Pela muita preguiça desaba o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa.
19 O festim faz-se para rir, o vinho alegra a vida, e o dinheiro atende a tudo.
20 Nem no teu pensamento amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais interior do teu quarto, o rico; porque as aves dos céus poderiam levar a tua voz, e o que tem asas daria notícia das tuas palavras.