Estudo Mateus 27 – A Cricificação de Jesus

Mateus 27.46

No capítulo 27 do Evangelho de Mateus, encontramos uma narrativa detalhada dos eventos que levaram à crucificação de Jesus. Tudo começou quando os principais sacerdotes e anciãos do povo se reuniram para conspirar contra Jesus e o entregaram ao governador Pilatos.

Judas, o traidor de Jesus, atormentado pelo remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos líderes religiosos e, em desespero, acabou cometendo suicídio.

Pilatos, diante das acusações dos líderes religiosos, interrogou Jesus, mas este permaneceu em silêncio. Em um costume da festa, Pilatos tinha o hábito de soltar um prisioneiro para o povo, e ele ofereceu a escolha entre Jesus e Barrabás, um prisioneiro notório. Por inveja, os líderes persuadiram o povo a pedir a libertação de Barrabás e a crucificação de Jesus.

Pilatos, mesmo sabendo da inocência de Jesus, cedeu à pressão do povo e entregou Jesus para ser crucificado. Os soldados zombaram de Jesus, vestiram-no com um manto escarlate e uma coroa de espinhos, e cuspiram nele. Em seguida, levaram-no para ser crucificado.

No caminho, um homem chamado Simão foi forçado a ajudar Jesus a carregar a cruz. Jesus foi crucificado no lugar chamado Gólgota, entre dois ladrões. Sobre sua cabeça, estava escrito: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. As pessoas que passavam blasfemavam e zombavam de Jesus, desafiando-o a descer da cruz.

Por volta da hora nona, ocorreu uma escuridão intensa, e Jesus clamou em alta voz. Após dar um último suspiro, entregou seu espírito. Nesse momento, o véu do santuário se rasgou, a terra tremeu, rochas se partiram e sepulcros se abriram, com muitos santos ressuscitando e aparecendo a muitos.

Um centurião e os soldados que guardavam Jesus reconheceram que Ele era verdadeiramente o Filho de Deus. Mulheres que o haviam seguido desde a Galileia, incluindo Maria Madalena e outras, observaram de longe.

Um homem chamado José de Arimateia, discípulo de Jesus, obteve permissão de Pilatos para enterrar o corpo de Jesus. Ele o envolveu em um pano limpo de linho e o colocou em um túmulo novo na rocha, rolando uma grande pedra para fechar a entrada.

No dia seguinte, os líderes religiosos pediram a Pilatos para que guardasse o sepulcro com segurança, temendo que os discípulos de Jesus pudessem roubar o corpo e afirmar que Ele havia ressuscitado. Pilatos concordou e enviou uma escolta para selar a pedra e guardar o sepulcro.

———

Mateus 27

Jesus entregue a Pilatos

Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem;

e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos.

O suicídio de Judas

Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:

Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo.

Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.

E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.

E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros.

Por isso, aquele campo tem sido chamado, até ao dia de hoje, Campo de Sangue.

Então, se cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta Jeremias:

Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram;

10 e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor.

Jesus perante Pilatos

11 Jesus estava em pé ante o governador; e este o interrogou, dizendo: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu o dizes.

12 E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.

13 Então, lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem?

14 Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador.

15 Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem.

16 Naquela ocasião, tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás.

17 Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhes Pilatos: A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo?

18 Porque sabia que, por inveja, o tinham entregado.

19 E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito.

20 Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus.

21 De novo, perguntou-lhes o governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás!

22 Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Responderam todos.

23 Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais: Seja crucificado!

24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!

25 E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!

26 Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Jesus entregue aos soldados

27 Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte.

28 Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate;

29 tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, na mão direita, um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus!

30 E, cuspindo nele, tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça.

31 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias vestes. Em seguida, o levaram para ser crucificado.

Simão leva a cruz do Senhor

32 Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar-lhe a cruz.

A crucificação

33 E, chegando a um lugar chamado Gólgota, que significa Lugar da Caveira,

34 deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber.

35 Depois de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando a sorte.

36 E, assentados ali, o guardavam.

37 Por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: Este é Jesus, o Rei dos Judeus.

38 E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda.

39 Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo:

40 Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!

41 De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam:

42 Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele.

43 Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus.

44 E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele.

A morte de Jesus

45 Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra.

46 Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

47 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Ele chama por Elias.

48 E, logo, um deles correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido de vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe a beber.

49 Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo.

50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.

51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas;

52 abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram;

53 e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.

54 O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.

55 Estavam ali muitas mulheres, observando de longe; eram as que vinham seguindo a Jesus desde a Galileia, para o servirem;

56 entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu.

O sepultamento de Jesus

57 Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também discípulo de Jesus.

58 Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue.

59 E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho

60 e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou.

61 Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria.

A guarda do sepulcro

62 No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus e, dirigindo-se a Pilatos,

63 disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei.

64 Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o primeiro.

65 Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer.

66 Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta.

 

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