O capítulo 8 do Livro do Apocalipse descreve a abertura do sétimo selo, que é acompanhada pela introdução das sete trombetas, que representam juízos divinos sobre a Terra.
- O Sétimo Selo e o Silêncio no Céu (Versículos 1-2): Quando o Cordeiro abre o sétimo selo, há um período de silêncio no céu por cerca de meia hora. Sete anjos com sete trombetas se preparam para tocar.
- O Anjo com o Incensário (Versículos 3-5): Um anjo com um incensário de ouro se apresenta junto ao altar com muito incenso, que simboliza as orações dos santos. A fumaça do incenso sobe perante Deus, acompanhada por trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto.
- As Trombetas (Versículos 6-13): Os sete anjos que possuem as trombetas começam a tocar cada uma delas, desencadeando eventos catastróficos:
- Primeira Trombeta (Versículos 7): Há uma chuva de saraiva e fogo misturado com sangue que cai na Terra, queimando uma parte significativa dela, incluindo árvores e vegetação.
- Segunda Trombeta (Versículos 8-9): Uma “grande montanha ardendo em chamas” é lançada ao mar, tornando um terço do mar em sangue e destruindo um terço das criaturas marinhas e das embarcações.
- Terceira Trombeta (Versículos 10-11): Uma estrela chamada “Absinto” cai dos céus, envenenando um terço dos rios e fontes de água, resultando na morte de muitos.
- Quarta Trombeta (Versículos 12): O sol, a lua e as estrelas são afetados, com um terço de sua luz obscurecida, tornando o dia e a noite mais escuros.
- A Mensagem da Águia (Versículo 13): Uma águia voa pelo meio do céu e proclama “Ai! Ai! Ai!” para os habitantes da Terra, anunciando que três trombetas ainda estão por tocar, indicando mais juízos vindouros.
O capítulo 8 do Apocalipse faz parte das visões apocalípticas que descrevem eventos catastróficos que culminam nos juízos divinos durante o período do fim dos tempos, de acordo com a interpretação cristã. As imagens e simbolismo presentes nestas passagens são frequentemente objeto de várias interpretações e debates teológicos.
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Apocalipse 8
1 Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora.
2 Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.
3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono;
4 e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.
5 E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.
6 Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.
7 O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde.
8 O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue,
9 e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações.
10 O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha.
11 O nome da estrela é Absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas.
12 O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite.
13 Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!