O capítulo 12 do Livro do Apocalipse, na Bíblia, descreve uma visão altamente simbólica e apocalíptica. O texto começa com uma mulher grávida vestida de sol, que é interpretada como a representação da Igreja ou da Virgem Maria.
Ela está prestes a dar à luz um filho, simbolizando Jesus Cristo. No entanto, um grande dragão vermelho aparece, representando Satanás ou as forças do mal, que desejam devorar o filho assim que ele nasce.
Há uma batalha nos céus entre o dragão e seus anjos e Miguel com os seus anjos, que resulta na expulsão do dragão do céu. Essa guerra celeste é uma representação do conflito entre o bem e o mal.
A mulher é protegida e levada para o deserto por Deus, onde ela é cuidada e alimentada. Esse deserto pode ser interpretado como um lugar de refúgio e santidade.
O capítulo 12 do Apocalipse é uma visão cheia de simbolismo e significado espiritual, que tem sido interpretada de várias maneiras ao longo da história.
Ele representa a luta entre o bem e o mal, a proteção divina e a vitória final do bem sobre o mal através de Jesus Cristo. Essa visão desempenha um papel fundamental na teologia cristã e na compreensão da escatologia.
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Apocalipse 12
1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça,
2 que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.
4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.
5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.
7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;
8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles.
9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.
10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando:
Agora, veio a salvação, o poder,
o reino do nosso Deus
e a autoridade do seu Cristo,
pois foi expulso o acusador de nossos irmãos,
o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.
11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro
e por causa da palavra do testemunho que deram
e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.
12 Por isso, festejai, ó céus,
e vós, os que neles habitais.
Ai da terra e do mar,
pois o diabo desceu até vós,
cheio de grande cólera,
sabendo que pouco tempo lhe resta.
13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão;
14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.
16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.