O Salmo 79 é um lamento que expressa a dor e a tristeza do povo de Deus diante da destruição de Jerusalém e do Templo pelos babilônios. O autor do Salmo pede a Deus que tenha misericórdia e perdoe o povo pelos seus pecados, e que restaure Jerusalém e o Templo para que o seu nome seja glorificado.
O salmista começa pedindo que Deus não permita que os gentios invadam a cidade santa e profanem o seu santuário. Ele fala da morte dos santos e da destruição do Templo, que foi queimado e destruído pelos inimigos. O salmista lamenta a tristeza do povo e pede que Deus se compadeça e venha em socorro deles.
O autor do Salmo reconhece que o povo de Deus é culpado pelos seus pecados, mas pede que Deus não os castigue com ira e que não se lembre para sempre das suas transgressões. Ele apela para a misericórdia divina e pede que Deus perdoe os pecados do povo, para que possam ser restaurados e redimidos.
O salmista pede a Deus que mostre o seu poder e a sua glória diante dos gentios, para que eles saibam que Deus é o Deus de Israel e que ele é o único digno de louvor e adoração. Ele pede que Deus ouça a oração do seu povo e que se apresse em socorrê-los, para que não sejam humilhados diante dos seus inimigos.
No final do Salmo, o salmista se compromete a louvar a Deus para sempre e a contar às gerações futuras as maravilhas que Deus fez pelo seu povo. Ele confia na misericórdia e no poder de Deus para restaurar Jerusalém e o Templo, para que o seu nome seja glorificado e para que o seu povo possa viver em paz e segurança.
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Salmos 79
1 Ó Deus, as nações invadiram a tua herança, profanaram o teu santo templo, reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.
2 Deram os cadáveres dos teus servos por cibo às aves dos céus e a carne dos teus santos, às feras da terra.
3 Derramaram como água o sangue deles ao redor de Jerusalém, e não houve quem lhes desse sepultura.
4 Tornamo-nos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que nos rodeiam.
5 Até quando, Senhor ? Será para sempre a tua ira? Arderá como fogo o teu zelo?
6 Derrama o teu furor sobre as nações que te não conhecem e sobre os reinos que não invocam o teu nome.
7 Porque eles devoraram a Jacó e lhe assolaram as moradas.
8 Não recordes contra nós as iniquidades de nossos pais; apressem-se ao nosso encontro as tuas misericórdias, pois estamos sobremodo abatidos.
9 Assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome.
10 Por que diriam as nações: Onde está o seu Deus? Seja, à nossa vista, manifesta entre as nações a vingança do sangue que dos teus servos é derramado.
11 Chegue à tua presença o gemido do cativo; consoante a grandeza do teu poder, preserva os sentenciados à morte.
12 Retribui, Senhor, aos nossos vizinhos, sete vezes tanto, o opróbrio com que te vituperaram.
13 Quanto a nós, teu povo e ovelhas do teu pasto, para sempre te daremos graças; de geração em geração proclamaremos os teus louvores.